quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AS TICs UNIDADE I

Conquista D’Oeste, 2010
Tutor: Odair José Vargas
Cursistas:   Claudinéia Dias Nascimento Moreira
                    Irene Gonçalves Paes
Quem sou como professor e aprendiz?
                  
Somos   professoras alegres, dinâmicas e bastante preocupadas com a aprendizagem dos nossos   alunos; procuramos  desenvolver uma prática interativa, ouvindo suas ideias, respeitando seus valores, tentando diversificar atividades, procurando adequar os conteúdos à realidade e necessidade dos educandos na intenção de prepará-los para o mercado de trabalho e principalmente para a vida.Como professores e aprendizes, possamos considerar-nos pessoas que atualizamos a cada dia, pois não somos conhecedoras da verdade e sempre aprendemos algo com nossos alunos.
Sentimo-nos muito a vontade em demonstrar para nossos alunos que também possamos aprender com eles, pois assim nos colocamos na condição de aprendizes e eles se sentem cada vez mais importantes, mostrando que também pode nos ensinar.
Nas nossas atuações como professoras em sala de aula, procuramos desenvolver metodologias que despertem o interesse dos alunos em busca do novo.Somos  profissionais da educação coerente com os valores que ensinamos. Precisamos ser ativos na sociedade em que vivemos, e éticos, com os demais para podermos construir uma relação saudável. Estamos sempre aprendendo, pois as informações e as tecnologias estão evoluindo de forma rápida, sendo usadas e melhoradas em todas as situações de nosso cotidiano,  precisamos estar interados com elas do contrário estamos fadados a frustração.
Às vezes nos faltam incentivos para que cursos e novas aprendizagens possam ser concluídos.   Procuramos, na medida do possível, estarmos integradas com o que surge de novo, nos adaptando, para que o  trabalho em sala de aula também possa variar e melhorar.Somos profissionais que aceitamos  idéias e sugestões, tanto dos colegas de profissão quanto dos nossos  alunos, pois sabemos que isso poderá possibilitar a  maneira de agirmos  enquanto professoras e cidadãs.
Sempre buscando   interagir com colegas de profissão, onde possamos trocar informações, experiências, enriquecendo nossos trabalhos.

Praça,enfeite de natal,2º ano B

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O ELEFANTE SEM TROMBA

           Um elefante tinha o péssimo costume de botar a tromba onde não era chamado: não podia ver um buraco no chão, numa árvore, numa pedra que já ia colocando ali a sua tromba.
          Os bichos já estavam revoltados com essa atitude do elefante porque além do mais, ele era um grande fofoqueiro e um palpiteiro de primeira. Fazia fofocas sobre todos os bichos:
Provocou uma briga entre a onça e o macaco dizendo que a onça tinha dito que iria lhe arrancar a pele.
         Causou uma briga entre o gambá e a raposa dizendo que a raposa tinha dito que ela era prima dele, mas que não suportava o seu cheiro.
         Conseguiu romper a velha amizade do galo com a lebre dizendo que o galo tinha dito que por causa dela logo passariam fome, porque ela só arrumava filhos.
         Causou um grande bate-boca entre o lobo e os coiotes dizendo que eles não caçavam e viviam à custa dele.
         Os animais decidiram fazer uma assembléia para resolver de uma vez por todas o problema.
         Arquitetaram um plano que acabaria de uma vez com o feio costume do elefante e as formigas foram escolhidas para realizá-lo.

         Certo dia, ao passar pelo formigueiro, o elefante ouviu um grande tumulto.
         Curioso como ele só, colocou a sua tromba no buraco do formigueiro e as formigas passaram a picá-la sem dó.
         O elefante desesperado e urrando de dor, tentava tirar a tromba do buraco, mas como a união faz a força, as formigas, num grande esforço coletivo, puxavam-na cada vez mais para dentro.
         Puxa daqui, repuxa dali, pica daqui, belisca dali e PUM!
         Lá se foi a tromba!
         O elefante sem tromba saiu correndo e se escondeu numa gruta onde ficou vários dias curtindo a sua dor.
         As formigas saíram do formigueiro e exibiam a todos os bichos o cobiçado troféu: a tromba do elefante.
         Passado algum tempo, o elefante muito envergonhado saiu da gruta para comer.     Risadas e mais risadas. Também onde é que já se viu um elefante sem tromba?
         E todo dia era a mesma história e o elefante, passando por tanta humilhação, foi ficando cada vez mais triste. Até que um dia, desabafou ao jacaré:
         - Não agüento mais essa vida! Além de ficar sem tromba, ainda tenho que agüentar gozações todos os dias. Se ao menos eu pudesse colocar uma tromba postiça...
         Foi aí que o jacaré teve uma idéia:
         - Eu tenho uma coisa lá em casa que poderia resolver o seu problema. Vamos lá.

         Chegando a casa, o jacaré foi remexer num velho baú do qual tirou um saxofone.
         Depois de algumas adaptações, foi colocado no elefante para lhe servir de tromba.
         O elefante todo feliz e pulando de alegria, saiu pela floresta.
          - Olá, elefante!
          - FOM!
         - Mas o que é isso?!
         - FOM! FOM!
         Meu Deus, eu sou uma galinha idosa, mas não estou caduca! Devo estar sonhando!
         - FOM!

         Cada vez que o elefante tentava dizer alguma coisa, o saxofone soltava sons estridentes e o animal irritado resolveu livrar-se daquela tromba barulhenta
         Sem tromba e sem coragem de encarar os bichos, trancou-se em casa. Foi aí que teve uma idéia: ele viu pendurado na parede, um grande chifre de boi que lhe fora dado por um amigo boiadeiro.
          - Desta vez vai ser diferente.
          Adaptou o chifre na cara e olhou-se no espelho. Estava horrível. Seu corpo era de uma cor e o chifre de outra.
          - Sabe de uma coisa? Vou pintar o meu corpo, assim, ninguém me reconhecerá e não vão mais caçoar de mim
          E com uma lata de tinta, pintou-se todo de verde, inclusive a tromba. Colocou um chapéu na cabeça e saiu de casa para ver a reação da bicharada.
          Foi uma risada geral! Nunca se ouviram tantas gargalhadas na floresta como naquele dia. Pobre elefante!
          Desanimado, voltava para a casa quando deu de cara com o gambá:
          - Ué, por que está com esta cara?
          Não aguento mais esta vida! Todo mundo caçoa de mim só por que eu perdi a tromba.
          - E por que você não faz uma tromba de bambu?
          - Puxa que boa idéia você me deu!

          E o elefante saiu pulando de alegria. Foi a um bambuzal que havia ali perto, escolheu um pedaço de bambu. Cortou-o do comprimento e da largura de sua antiga tromba... Experimentou... Estava perfeito! Só que não se mexia.
          - Não faz mal, pensou o elefante. Ela deve servir para alguma coisa.

          E servia mesmo. Um dia, ao passar pela roça de Dona Onça, viu a dificuldade que ela sentia para apanhar laranjas no alto do pé.
          - Eu, alto como sou e com essa tromba de bambu, posso ser útil, pensou o elefante.

          E ofereceu-se para apanhar as laranjas para Dona Onça. Foi um sucesso. O elefante sentia-se útil e aos poucos foi conquistando a amizade e o respeito dos bichos.

                                                       

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DOIS BRAÇOS


Era uma vez dois braços: o direito e o esquerdo.
O braço direito se achava o melhor. Era ele quem penteava o cabelo, escovava os dentes, pegava a colher na hora do almoço. Era o braço direito que coçava a cabeça, o dedão do pé e até punha o dedo no nariz.
Enquanto isso o braço esquerdo ficava só ali parado, olhando o braço direito com um pouquinho de inveja... E o braço direito só fazendo tudo.
Às vezes o braço direito precisava do esquerdo pra pegar alguma coisa mais pesada, lavar o rosto, essas coisas. Mas só às vezes.
O braço direito começou a dizer que o esquerdo tinha a mão boba (olha só que coisa!). E disse que o esquerdo jamais seria esperto como ele.
O esquerdo disse:- Isso é porque nosso dono é destro. Se ele fosse canhoto mais esperto eu seria.
Mas o braço direito... fingiu que não ouvia.
Um dia o braço direito se machucou, foi ao médico e ficou enfaixado. Não podia fazer nada, o coitado. Tudo doía, tudo era uma agonia.
Aí o braço esquerdo se ofereceu para ajudar. O direito até resistiu um pouco; mas precisava descansar para sarar e por isso mesmo aceitou.
O braço esquerdo ficou todo feliz e foi logo pondo a mão na massa. No começo era desajeitado, mas depois foi pegando o jeito. E fez que fez até que era quase tão bom quanto o direito.
Então eles perceberam que ninguém é melhor que ninguém e que um precisava do outro. E mesmo depois de ter sarado o direito sempre chamava o esquerdo para dar uma ajuda.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um Incêndio na Floresta


UM INCÊNDIO NA FLORESTA
A Borboletinha Mágica estava no Lago Azul conversando com a turma toda, quando sentiram um cheiro estranho que vinha do meio da floresta.
- Alguma coisa está queimando - disse o elefantinho Elmo.
- Também acho - respondeu a flor - o cheiro está forte!
- Parece que é grama seca que está pegando fogo - disse a tartaruga Tata.
- Vou lá em cima ver o que esta acontecendo - disse a borboletinha, voando.
Quando estava já bem no alto às estrelinhas mágicas apareceram e ela pode ver onde estava o fogo, viu uma fumaça que subia perto de uma caverna escura.
É ali! Pensou. Desceu e disse aos companheiros que esperavam em terra.
- Tata tem razão! - disse a borboleta - tem um pedaço de grama queimando ali na frente.  - Corram e pegam baldes de água para apagarmos o fogo! Eu vou mostrar onde é o incêndio. E foi o maior corre, corre. Chegaram lá com baldes e mais baldes de água e logo o fogo foi se apagado.
- Conseguimos! - gritou o Elmo com alegria.
- Ainda bem, é um grande alívio - disse a onça Olga.
- Que estranho?!  Comentou o sapo Neneu - normalmente quem põe fogo na floresta é o bicho homem, mas não estou vendo nenhum por aqui.
- É estranho mesmo, seu Neneu - disse a flor - mas então quem está incendiando a floresta? A Borboletinha viu a caverna escura bem na frente do local do incêndio, lembrou da visão mágica.
- Quem colocou fogo na floresta deve estar ai dentro - respondeu.
Todos olharam para a caverna com medo. De repente ouviram um espirro:
- Atchiiiiiiiim !!!!  Uma labareda saiu da caverna e um novo incêndio começou.
Ouviram uma voz que vinha de dentro da caverna:
- Xiii está pegando fogo de novo na grama!
Os bichinhos da floresta começaram correr para apagar mais um incêndio.   Todos pegaram os baldes e logo tudo estava controlado.
-Mas quem está ai ? Perguntou a Borboleta, espantada. Por um momento não houve resposta. - Quem está ai, apareça, por favor -  insistia a Borboleta. Finalmente ouviram:
- Sou eu, o último dragão desta floresta! Ninguém abriu a boca. O silêncio foi total.
Até que...
- Olá, pequeno dragão, por favor, não nos queime saia da caverna para conversarmos.
- Você está bem? - disse a borboleta procurando fazer amizade.
- Não estou muito bem não! - disse o dragãozinho saindo da caverna.
- Estou doente, com uma gripe forte.
Os outros bichinhos ficaram de olhos arregalados, nunca tinham visto um dragão pela floresta, ainda mais gripado.
- Estranha essa sua gripe - disse a borboleta.
- É sim! Toda vez que espirro sai essa labareda pelo meu nariz e pega fogo ai na frente.
-  Ah!  Então todos esses incêndios na floresta começam com um espirro seu! - comentou o Elefantinho Elmo.
- E pelo jeito você está querendo acabar com a floresta - disse o sapo Neneu.
- Não fiquem bravos comigo! Eu não consigo controlar meus espirros, não coloco fogo em tudo de propósito.
- Nós sabemos disso - disse a Dona Borboletinha.
- Mas vamos ajudar você a sarar dessa gripe porque os incêndios não podem continuar, o fogo é a pior coisa para nós. Ele destrói tudo, queima as árvores que para muitos de nós servem como casas, queima nossos alimentos. Enfim, tudo se acaba quando um grande incêndio ocorre.
- Eu sei dona borboleta. Mas o fogo só aparece quando estou gripado.
- Precisamos então arrumar um jeito de acabar com essas sua gripe - disse o Sapo Neneu.
- Conheço um chá milagroso! - disse a Dona Margarida.
- Então, flor corre preparar esse chá para ele - disse a Borboleta.
E assim foi feito, deram o chá para o pequeno dragão e esperaram. No dia seguinte a turma voltou na caverna para ver como ele estava.
- Obrigado pessoal, estava me sentindo muito mal, mas agora não espirro mais. Já sou outro. - Ainda bem que melhorou - comentou o Elmo - o que seria de nós se continuasse espirrando e colocando fogo na floresta.
- Acabaríamos em cinzas - respondeu a tartaruguinha Tata.
- É verdade, o fogo deve ser evitado de todas as formas - disse a onça Olga - somos muito sensíveis a ele.
Com toda a sua sabedoria a Borboletinha Mágica disse:
- Ainda bem que esse fogo veio do dragão e ele já esta curado. Seria pior se fosse provocado pelo bicho homem. Porque ele é quem põe fogo na floresta e nem pensa na natureza.
Problema resolvido, hora da diversão.
-  Que tal um banho refrescante lá no Lago Azul? Convidou a Borboleta.
- Ótima idéia! Concordaram bichinhos.
- Eu posso ir também? Perguntou o dragão.
A Dona Margarida sabiamente respondeu:
- É mais prudente você apenas nos acompanhar, mas não entrar na água. Afinal você acabou de sarar de uma gripe forte e não queremos mais espirros e incêndio na floresta.
- A senhora tem razão - disse o pequeno dragão.
Nesse momento a Borboletinha com os óculos mágicos teve uma visão do futuro: viu o dragãozinho se divertindo com todos os novos amigos, sem espirros e com a floresta a salvo.  

A Arca de Noé (RUTH ROCHA)

A Arca de Noé   (RUTH ROCHA)
Esta história é muito,
Muito antiga.
Eu li
Num livrão grande do papai,
Que se chama Bíblia.
É a história de um homem chamado Noé.

Um dia, Deus chamou Noé.
E mandou que ele construísse
Um barco bem grande.
Não sei por quê,
Mas todo mundo chama esse barco
De Arca de Noé.
Deus mandou
Que ele pusesse dentro do barco
Um bicho de cada qualidade.

Um bicho, não. Dois.
Um leão e uma leoa...
Um macaco e uma macaca...
Um caititu e uma caititoa...
Quer dizer, caititoa não,
Que eu nem sei se isso existe.
E veio tudo que foi bicho.
Girafa, com um pescoço
Do tamanho de um bonde...

Tinha tigre de bengala.
Papagaio que até fala.
E tinha onça-pintada.
Arara dando risada,
Que era ver uma vitrola!
E um casal de tatu-bola...

Bicho d´água, isso não tinha,
Nem tubarão, nem tainha,
Procurando por abrigo.
Nem peixe-boi nem baleia,
Nem arraia nem lampreia,
Que não corriam perigo...

E zebra, que parece cavalo de pijama...
E pavão, que parece um galo
Fantasiado pra baile de carnaval.
E cobra, jacaré, elefante...
E paca, tatu e cutia também.
E passarinho de todo jeito.
Curió, bem-te-vi, papa capim...
E inseto de todo tamanho.
Formiga, joaninha, louva-a-deus...
Eu acho que Noé
Devia Ter deixado fora
Tudo que é bicho enjoado,
Como pulga, barata r pernilongo,
Que faz fiuuummm no ouvido da gente.
Mas ele não deixou.
Levou tudo que foi bicho.

Tinha peru, tinha pato.
Tinha vespa e carrapato.
Avestruz, carneiro, pinto...
Tinha até ornitorrinco.
Urubu, besouro, burro.
Gafanhoto, grilo, gato.
Tinha abelha, tinha rato...

Quando a bicharada
Estava toda embarcada,
E mais a família do Noé todinha,
Começou a cair uma chuvarada.
Mas não era uma chuvarada
Dessas que caem agora.
Você já viu uma cachoeira?
Pois era igualzinho
A uma cachoeira caindo,
Caindo, que não acabava mais.

Parecia o Rio Amazonas despencando.
E aquela água foi cobrindo tudo, tudo.
Cobriu as terras, cobriu as plantas, cobriu as árvores, cobriu as montanhas.
Só mesmo a Arca de Noé, que boiava em cima das águas, é que não ficou coberta.

E mesmo depois
Que passou a tempestade
Ficou tudo coberto de água.
E passou muito tempo.
Todo mundo estava enjoado
De ficar preso dentro da Arca,
Sem poder sair nem um bocadinho.

Os bichos até começaram a brigar.
Que nem criança,
Que fica muito tempo dentro de casa
E já começa a implicar com os irmãos.
O gato e o rato
Começaram a brigar nesse tempo
E até hoje não fizeram as pazes.

Até que um dia...
Veio vindo um ventinho lá de longe.
E as águas começaram a baixar.
E foram baixando, baixando...

E Noé teve uma idéia.
Mandou o pombo
Dar uma volta lá fora
Para ver como estavam as coisas.
Os pombos são ótimos para isso.
Eles sabem ir e voltar dos lugares,
Sem se perder, nem nada.

Por isso é que Noé escolheu o pombo
Para esse trabalho.
O pombo foi e voltou
Com uma folhinha no bico.

E Noé ficou sabendo
Que as terras já estavam aparecendo.
E as águas foram baixando
Mais e mais...

Então a Arca pousou
Sobre um monte.
E todo mundo pôde sair
E todo mundo ficou contente.
E todos se abraçaram
E cantaram.

E Deus pendurou no céu
Um arco colorido,
Todo de listras.

E esse arco queria dizer
Que Deus era amigo dos homens,
E que nunca mais
Ia chover assim na terra.
Você já viu, depois da chuva,
O arco-íris redondinho no céu?
Pois é pra sossegar a gente.
Pra gente nunca mais
Ter medo da chuva!


Um Incêndio na Floresta

A cada espirro do pequeno Dragão começava o problema    


UM INCÊNDIO NA FLORESTA
A Borboletinha Mágica estava no Lago Azul conversando com a turma toda, quando sentiram um cheiro estranho que vinha do meio da floresta.
- Alguma coisa está queimando - disse o elefantinho Elmo.
- Também acho - respondeu a flor - o cheiro está forte!
- Parece que é grama seca que está pegando fogo - disse a tartaruga Tata.
- Vou lá em cima ver o que esta acontecendo - disse a borboletinha, voando.
Quando estava já bem no alto às estrelinhas mágicas apareceram e ela pode ver onde estava o fogo, viu uma fumaça que subia perto de uma caverna escura.
É ali! Pensou. Desceu e disse aos companheiros que esperavam em terra.
- Tata tem razão! - disse a borboleta - tem um pedaço de grama queimando ali na frente. 
- Corram e pegam baldes de água para apagarmos o fogo! Eu vou mostrar onde é o incêndio. E foi o maior corre, corre. Chegaram lá com baldes e mais baldes de água e logo o fogo foi se apagado.
- Conseguimos! - gritou o Elmo com alegria.
- Ainda bem, é um grande alívio - disse a onça Olga.
- Que estranho?!  Comentou o sapo Neneu - normalmente quem põe fogo na floresta é o bicho homem, mas não estou vendo nenhum por aqui.
- É estranho mesmo, seu Neneu - disse a flor - mas então quem está incendiando a floresta? A Borboletinha viu a caverna escura bem na frente do local do incêndio, lembrou da visão mágica.
- Quem colocou fogo na floresta deve estar ai dentro - respondeu.
Todos olharam para a caverna com medo. De repente ouviram um espirro:
- Atchiiiiiiiim !!!!  Uma labareda saiu da caverna e um novo incêndio começou.
Ouviram uma voz que vinha de dentro da caverna:
- Xiii está pegando fogo de novo na grama!
Os bichinhos da floresta começaram correr para apagar mais um incêndio.   Todos pegaram os baldes e logo tudo estava controlado.
-Mas quem está ai ? Perguntou a Borboleta, espantada. Por um momento não houve resposta. - Quem está ai, apareça, por favor -  insistia a Borboleta. Finalmente ouviram:
- Sou eu, o último dragão desta floresta! Ninguém abriu a boca. O silêncio foi total.
Até que...
- Olá, pequeno dragão, por favor, não nos queime saia da caverna para conversarmos.
- Você está bem? - disse a borboleta procurando fazer amizade.
- Não estou muito bem não! - disse o dragãozinho saindo da caverna.
- Estou doente, com uma gripe forte.
Os outros bichinhos ficaram de olhos arregalados, nunca tinham visto um dragão pela floresta, ainda mais gripado.
- Estranha essa sua gripe - disse a borboleta.
- É sim! Toda vez que espirro sai essa labareda pelo meu nariz e pega fogo ai na frente.
-  Ah!  Então todos esses incêndios na floresta começam com um espirro seu! - comentou o Elefantinho Elmo.
- E pelo jeito você está querendo acabar com a floresta - disse o sapo Neneu.
- Não fiquem bravos comigo! Eu não consigo controlar meus espirros, não coloco fogo em tudo de propósito.
- Nós sabemos disso - disse a Dona Borboletinha.
- Mas vamos ajudar você a sarar dessa gripe porque os incêndios não podem continuar, o fogo é a pior coisa para nós. Ele destrói tudo, queima as árvores que para muitos de nós servem como casas, queima nossos alimentos. Enfim, tudo se acaba quando um grande incêndio ocorre.
- Eu sei dona borboleta. Mas o fogo só aparece quando estou gripado.
- Precisamos então arrumar um jeito de acabar com essas sua gripe - disse o Sapo Neneu.
- Conheço um chá milagroso! - disse a Dona Margarida.
- Então, flor corre preparar esse chá para ele - disse a Borboleta.
E assim foi feito, deram o chá para o pequeno dragão e esperaram. No dia seguinte a turma voltou na caverna para ver como ele estava.
- Obrigado pessoal, estava me sentindo muito mal, mas agora não espirro mais. Já sou outro. - Ainda bem que melhorou - comentou o Elmo - o que seria de nós se continuasse espirrando e colocando fogo na floresta.
- Acabaríamos em cinzas - respondeu a tartaruguinha Tata.
- É verdade, o fogo deve ser evitado de todas as formas - disse a onça Olga - somos muito sensíveis a ele.
Com toda a sua sabedoria a Borboletinha Mágica disse:
- Ainda bem que esse fogo veio do dragão e ele já esta curado. Seria pior se fosse provocado pelo bicho homem. Porque ele é quem põe fogo na floresta e nem pensa na natureza.
Problema resolvido, hora da diversão.
-  Que tal um banho refrescante lá no Lago Azul? Convidou a Borboleta.
- Ótima idéia! Concordaram bichinhos.
- Eu posso ir também? Perguntou o dragão.
A Dona Margarida sabiamente respondeu:
- É mais prudente você apenas nos acompanhar, mas não entrar na água. Afinal você acabou de sarar de uma gripe forte e não queremos mais espirros e incêndio na floresta.
- A senhora tem razão - disse o pequeno dragão.
Nesse momento a Borboletinha com os óculos mágicos teve uma visão do futuro: viu o dragãozinho se divertindo com todos os novos amigos, sem espirros e com a floresta a salvo.  

sábado, 9 de outubro de 2010

Arte de ser feliz

Arte de ser feliz

            Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era numa época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas toda a manhã vinha um pobre homem com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.
            Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Veja. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
            Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
                                                                                  (Cecília Meireles. Escolha o seu sonho)

O bom professor não deixa de ser também um profissional mais de incertezas que de certezas, haja vista, que o mais relevante para o educador é ensinar ao educando, não as respostas, mas as perguntas. Pois, o que é caminhar por terra firme comparado à aventura de se caminhar pelo mar bravo das incertezas? Nesta perspectiva, o mais interessante é ensinar o educando a indagar-se, e indagando-se, buscar, e buscando, descobrir e descobrir-se..." (Jayasmim)